segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Capitulo XIV – Contos de fadas

A mente da Bya se enche de medo. Nunca na vida esteve nesta situação, nunca tinha ficado totalmente paralisada, já tinha tomado venenos que paralisavam, mas o corpo dela é quase que imune a venenos, nunca sentiu nada deste jeito.

Claudia começava a invocar uma magia, e Bya tentava se acalmar e pensar em algo. Então ela se lembrou, bem que o mestre tinha avisado que seria muito útil.

A adaga continuava encravada na Claudia, aparentemente sem dano nenhuma nela. Mas de repente a adaga começa a ficar avermelhada, Bya começa a falar umas palavras em pensamento. Ela não tinha muito sucesso, aparentemente não lembrava totalmente das palavras.

- Mas o que? Como minha magia foi cancelada? – Claudia olha para a adaga ficando vermelha e atira a Bya longe. – Que coisa é essa que você fez?

Bya cai por sorte bem em cima do rastro de espinho que tinha quebrado a pouco. Ela vai voltando ao normal.

- Também conheço umas magias, estava meio enferrujada mais deu pro gasto.

- Uma magia de cancelamento? Sem falar? Parabéns! Você com certeza é uma adversária à altura. Pelo menos altura de poder, por que de tamanho. – Claudia solta uma gargalhada enorme.

- Vai caçoando, vai. – Bya empunha as adagas – It’s show time! – Bya fala muito baixinho – Liberar poder nível 2.

Claudia lança umas faíscas verdes na Bya, que desvia sem dificuldade. Claudia pula e para alguns metros de Bya, também no rastro de espinhos quebrados.

- Então me conta Bya, você realmente acha que a Iluminada conseguirá derrotar o grande Lorde? – As duas ficaram se encarando.

- Não, seria impossível!

- Então por que ajuda ela? – Claudia faz uma cara de espanto.

- Por que ela derrotará o Lorde com mais duas pessoas.

- Hahahaha. Como uma pessoa instruída como você pode acreditar em conto de fadas? Os escolhidos e blá blá blá.

- É conto de fadas? Então podes me explicar como a iluminada esta nessa sala ao lado?

- Por que o anel que dá poderes a ela é de conhecimento geral que existe. O Lorde sempre contava com este obstáculo. E se existisse mais algum “escolhido” – ela usa um tom muito cínico – o Lorde teria sentido.

- É por que nenhum dos escolhidos foi aceito como tal. Nenhum passou pela sua provação.

- Interessante sua afirmação. Mas não creio nela. Só queres me distrair para recuperar forças.

- Como se você também não esteja se aproveitando.

- Você realmente acredita que tudo voltará a ser como era antes?

- Tudo não. Mas faremos o possível. Nem todos desistiram e sucumbiram ao seu chefão.

Claudia fecha a cara, fica extremamente furiosa.

- JÁ DISSE PARA TER MAIS RESPEITO COM O GRANDE LORDE!

- E já disse que me nego, ele não merece meu respeito. Quem merece é... – Bya se cala impossibilitada de falar.

- Humpf, ainda por cima esquece que não pode falar sobre essas coisas. Não existiu nada antes do Lorde! O Lorde é o supremo agora!

- Como você se contradiz, se ele é o supremo agora significa que um dia não foi. Ou seja ele não é o primeiro!

- Cala essa sua maldita bocaaaa! – Claudia lança relâmpagos em Bya que desvia sem dificuldade.

- Isso mesmo, chega de papo, é hora de ação.

Bya corre muito rapidamente, mas Claudia já tinha feito um escudo, as adagas batem e ressoam tintilar pelo salão. Claudia solta relâmpagos muito mais rápido. E varios acertam Bya. Ela corre para o outro lado do salão, onde tinha sido o impacto após o rastro nos espinhos. E Claudia faz um escudo incrível, dourado, em forma de domo, tinha aparência de denso, mas dava para ver perfeitamente dentro.

- MWAHAHAHA. Você não passa pelo meu escudo magnanimum!

- Droga! Sou obrigada a acabar com isso. – novamente fala baixinho – Liberar poder no maximo. - Um vento corre pelo salão.

- Ãhn? Mas o que foi isso?

Bya da um sussurro maléfico, um sussurro que é tremendamente alto.

- Laminas do inferno. – As adagas se cruzam formando um V bem aberto, com os braços colados no peito. Ela corre numa velocidade incrível. Inexplicavelmente passa pelo escudo e as adagas cruzadas são colocadas rentes ao pescoço, descruzando as adagas e esticando as mãos para os lados elas decepam a cabeça de Claudia.

O escudo em forma de domo se dissipa e logo some. Bya olha exausta para o corpo inerte no chão. Com sua cabeça um pouco distante e uma cara de espanto estampada no rosto.

- Parabéns! Sua desgraçada, conseguiu me derrotar em grande estilo ein. Mas não acabou. Como você usou uma técnica das trevas para me derrotar eu consegui usar uma técnica que me deixa viva. Mas somente poderei estar de volta em um ano. E temo que se você estiver certa este tempo não será suficiente. Mas me aguarde! Que a minha vingança virá!

Uma voz veio do nada. Bya olhava espantada para o corpo decepado de sua rival. Finalmente ganhou. Não completamente, mas agora isso não importa. Ela senta em um canto da parede, toda ensangüentada e muito cansada. Todos os espinhos viraram pó, o salão estava repleto por uma nuvem de pó.

- Ai ai, meu mestre vai me matar por usar essa técnica. Eu estava proibida. – faz um sorriso. – mas valeu a pena. Quase morri com ela, mas acabei com aquela maga chata. Agora só me resta esperar a iluminada passar pela sua provação.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Capitulo XIII – Mais chá?

O minotauro oferece mais uma xícara de chá à Carol.

- Não, muito obrigada, mas tenho que continuar.

- Você não pode continuar.

- Como não? Eu devo!

- Não tem como, você não sabe, mas tens uma aliada na próxima sala.

- Como assim?

- Uma assassina e uma maga, ambas de confiança do Lorde, elas receberam a missão de vir aqui te matar. Mas a assassina traiu o Lorde e esta brigando com a maga no próximo salão para te salvar, e quem sabe salvar o mundo também.

- Então tenho que simplesmente esperar?

- Sim. Este tempo de espera é crucial para sua provação.

- Provação? Como assim?

- Tudo o que esta passando é uma provação para ver se realmente és capaz e digna de acabar com o reinado do Lorde Kahindlat.

- Mas se eu terminar logo com a provação não seria melhor?

- Não. Você me parece muito confiante não? Isto tudo por apenas ter chegado até aqui? Este é o problema de quem simplesmente ganhou o poder e não conquistou. Acha que é invencível. Mas isto até achar alguém mais forte e sair correndo com o rabo entre as pernas. O Seu poder não é ilimitado, moça, não tente fazer tudo sozinha.

- Não estou tentando. Já tive ajuda de muitas pessoas.

- Mas estas pessoas te ajudaram com os peões, quem te ajudara com o rei?

- Não sei, acho que ninguém.

- Pois estás enganada! Este tempo é crucial para recuperastes e para que outras pessoas cheguem. Duas pessoas que te ajudarão a derrotar o Lorde. Evite lutar com o Lorde sem eles terem chegado!

- Mas eu não tenho tempo tenho? Tenho que impedir o Lorde.

- Quem disse que não tens tempo? Está tudo escrito moça, não se preocupe e relaxe até a hora de enfrentar o monstro do labirinto.

- Que monstro?

- A ultima parte de sua provação, após vencer o monstro, provavelmente terás o caminho livre até o salão do trono.

- Mas como são estas pessoas que vão me ajudar?

- Nada disto eu sei. Só sei que ela virá.

Carol fica fitando a xícara e pensando. Agora tinha informações novas, na verdade ela nem sabia do que e por que ela tinha que salvar este mundo, não sabia de nada, só que algumas pessoas falaram ser o seu destino, e muitas a atacaram sem o mínimo motivo aparente. Esta é a chance dela, a chance de tentar esclarecer tudo!

- Por que eu?

- Minha jovem, isto nem os ancestrais sabem. A única coisa que se sabe é que você deve ter uma ligação muito forte com este mundo.

- Uhmm. – Carol mantinha sua cara pensativa. – Mas e sobre este anel?

- Deixa me ver?

- Só no meu dedo!

- Provavelmente eu nem conseguiria tirar mesmo, e muito provável que se conseguisse seria inútil para mim. Vejo que ainda não confias completamente em mim ein?

- Não é isso, eu não sei o que foi, tipo um reflexo sabe? – Carol estica a mão deixando o minotauro examinar.

- Interessante. Muito interessante. Estas escritas não são de nenhuma civilização daqui.

- Não? Será que vem do meu mundo?

- Pode ter vindo do seu ou de muitos outros. Kishimatsu está ligado a diversos mundos.

- Mas como isto? Como surgiu Kishimatsu?

- Ninguém sabe ao certo, só sabem que foi uma pessoa de fora, que achou este espaço em branco e o criou. Agora de qual dos mundos que estão ligados, ou por que, ninguém sabe.

Cada informação que ela absorvia ficava mais intrigada. Não podia mais voltar atrás, agora que já esta neste mundo, e envolvida em uma guerra, quer saber de tudo, quer saber o porquê que esta lutando.

- E sobre o Lorde, de onde ele veio? Ele sempre foi o rei daqui?

- Infelizmente, não posso concretizar esta informação. Lorde Kahindlat fez uma magia que impede de todos habitantes de Kishimatsu comentarem sobre este assunto.

Carol estava decepcionada de não conseguir muitos resultados em sua busca pelas respostas. Quando iria falar novamente o minotauro à corta.

- Chega, já falamos de mais, entendo sua sede pela verdade, mas na hora certa saberás de tudo sobre este mundo.

Carol abaixa a cabeça e toma um longo gole do chá, que desceu a garganta suavemente, acalmando suas preocupações.

Na sala à frente de Carol, após o labirinto. Claudia estava sentada no chão, sibilava algumas palavras. Aparentemente se curava com sucesso.

Bya corre pela parede com uma velocidade incrível, pula na direção de Claudia e berra.

- LAMINAS DA MORTE!

Claudia meio fraca invoca um escudo. No que Bya acerta o escudo uma mistura de um clarão vermelho vindo das adagas e um clarão branco do escudo tomou o salão. Quando o clarão passou bya estava no outro lado do salão, ensangüentada. Tinha um rasto de espinhos quebrados e uma cratera na parede onde Bya se encontrava.

- Mwahahahahaha! – Claudia solta uma risada alta e maléfica. – Não tem como você vencer a mestre dos magos das trevas! Nem uma eximia assassina como você é páreo. Claudia se levanta totalmente curada.

- Humpf. – Bya se levanta com um pouco de dificuldade, saca as adagas e entra em posição. – Nem doeu.

- Hahahahah, sai daí durona! Sua traidora insolente! Sinta a ira do Lorde Kahindlat! Claudia aponta o cetro e solta relâmpagos na direção de Bya.

Bya tinha uma marca de batida forte no canto da testa que sangrava muito, sua camisa tinha sido rasgada na altura da barriga, onde sangrava muito, provavelmente pela sua própria habilidade. Antes de a Claudia soltar os relâmpagos Bya se concentra rapidamente e fala muito baixo. “Liberar poder nível 3.” Então Bya se esquivou sem dificuldade e alcançava Claudia. Ao chegar perto e quase acertar uma adaga, Claudia novamente usou o pozinho, mas desta vez Bya achou-a sem dificuldade, a maga segurou o cetro no alto, e quando Bya acertou uma das adagas no coração dela, ela simplesmente parou.

- Legal minha magia nova né? Assim que você me acertou ficou totalmente paralisada! E aproveitarei este momento para uma magia final! É o seu fim!