quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Capitulo XII – Duelos, o poder das mulheres.

Kaoru estava parada, sua capa esvoaçada pelo vento cobria o braço direito, aparecendo somente a katana. É incrível, mas o salão era tão grande que até vento tinha. Kaoru parecia muito satisfeita com o que via, algo que lembrava um demônio.

- Eu sabia que você tem algo especial, senti no seu primeiro golpe. O que você é? Um demônio?

- Exato, eu fugi do inferno de outro mundo, da terra. Você nem deve conhecer.

- Sabia! Sabia que não era um demônio comum, minha mãe comentou sobre os demônios do planeta terra, são muito mais fortes que os daqui, estes não dão nem pro começo.

- Eu fugi pra cá apenas por um motivo, lutas! Lá era muito tediante, eu quero emoção! Alias, eu reconheço as palavras que usou agora a pouco, o que você é?

- E você acha que sou tonta de dizer assim como você? Terá que descobrir.

Nessa com um sorriso no rosto correu em direção de Kaoru, empunhando sua espada muito longa, tentou acerta-la, mas Kaoru defendeu, se encaravam a cinco centímetros de distancia. Os olhos roxos de Nessa cintilavam de tão intensa nostalgia.

- Você acha que consegue matar um demônio? Nos somos imortais!

- Humpf. E quem disse que eu também não sou?

- Eu sei que você é algo das trevas, mas eu descobrirei o que e te matarei em seguida!

- Então você deve carregar milhões de utensílios para poder matar qualquer ser das trevas.

- Não. Eu posso invocar qualquer item que eu possua neste mundo.

Kaoru faz uma ligeira cara de preocupação. Desaparece e reaparece atrás de nessa, agora com o sorriso de volta. Acerta Nessa de raspão na cintura, que desviou a tempo, e logo em seguida acertou com tremenda força a katana com sua espada, Kaoru perdeu a atenção por uma fração de segundo, o suficiente para Nessa acertar com a mão desarmada sua barriga.

Kaoru solta uma risada maníaca, desaparece e reaparece atrás de Nessa, desta vez faz um corte em diagonal nas costas.

- Hahahah. Também é inútil comigo! – Nessa vai se virando.

Kaoru parte para cima, as duas ficam apenas se defendendo e atacando, com uma agilidade incrível, e sem nenhuma conseguir encostar-se à outra.

Nessa se afasta, sua aura começa a aumentar, um roxo muito forte. Ela levanta a espada e encrava no chão, uma linha de energia roxa enorme sai da espada em direção de Kaoru, que tenta se desviar, mas a energia a persegue.

- Axprusht. – Um escudo se formou e defendeu da energia roxa. – Mishtaa!

Nessa é acertada por flechas de energia invisível por todo lado.

- Axpusht... Mishtaa... Axpusht... Mishtaa... Axpusht... Mishtaa... Saco! Não consigo lembrar! – Nessa ignorou totalmente todos os furos que acabara de receber.

Enquanto isto, no salão depois do labirinto, Bya acabara de desviar de umas faíscas coloridas. Sua agilidade é incrível. Até agora apenas um feitiço tinha atingido ela, e de raspão, deixando uma marca roxa no pescoço.

Mas Claudia conseguiu invocar uma magia defensiva, um escudo quase impenetrável, de onde apenas mandava suas magias e feitiços sem se preocupar.

- Sua covarde! Não é justo!

- E é muito justo com o Lorde você traí-lo! – Claudia lança uma tempestade de raios.

- Claro que é! Ele merece muito mais! Ele merece morrer!

- Você não vê a beleza do plano dele? – enquanto falava Claudia continuava mandando magias que Bya desviava sem dificuldade.

- Muito belo mesmo! Você tem razão, melhor eu parar com isso e ir lá matar a Carol.

- Serio?

- NÃO! Nunca deixarei Kahindlat completar seus planos! – Claudia faz uma cara de furiosa.

- LORDE Kahindlat!

- Ele não merece o titulo de Lorde. Pra mim não passa de um ser desprezível!

- Você não sabe o seu lugar. Eu irei ensiná-la! Seu lugar é no inferno! – Lança uma magia que faz com que milhões de espinhos saiam do chão. Bya da um pulo uma fração de segundo antes dos espinhos surgirem. E com as adagas se prende na parede.

- Agora esta encurralada! – todo o chão menos dentro da proteção estava cheio de espinhos. Sai muitos relâmpagos do cetro de Claudia, Bya pula em direção de Claudia, e fica em cima da “bolha” de proteção.

- ADAGA ENVENENADA!!! – Bya acerta as duas adagas em uma parede invisível nos pés.

- O que você acha que esta fazendo? Acha que um veneno pode derrubar minha defesa impenetrável?

- Quem não arrisca não petisca. – A bya começou a cair lentamente. Claudia fez uma cara de incrédula. Quando Bya acertaria Claudia, ela esfregou um pozinho colorido, então ela desapareceu.

- Nhaa, você vai fugir de uma menininha como eu? Sua medrosa.

- Não estou fugindo, estou me escondendo pra usar uma magia. – A voz da Claudia veio de todos lugares. – Aprendi a me esconder com vocês, assassinos.

- Ohh, mas nós do clã dos assassinos somos muito mais habilidoso que você! – E Bya desaparece também.

Um silêncio toma conta do salão. Um ar tenso, parecia que os espinhos todos quebrariam somente pela tensão do lugar.

- Achei! – Bya pulou do meio dos espinhos (que incrivelmente conseguira andar sem se cortar com nenhum) em direção da parede e acerta o nada com uma das adagas. A adaga começa a sangrar. Então Claudia aparece, com a adaga encravada no peito. Novamente esfrega um pozinho, mas desta vez reaparece visível onde antes era a defesa dela. E começa a sibilar algumas palavras.

- Não vou deixar que se cure! – Bya corre pela parede pula e berra. – LAMINAS DA MORTE!

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